terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Praça Roosevelt: Skatistas x Moradores - quem está com a razão?

Na tarde de 08/01/2013, a Confraria de Notícias esteve na Inspetoria Consolação / Pacaembu, localizada na Praça Roosevelt – região central de São Paulo – para buscar mais informações sobre o vídeo que vem circulando na internet e que chamou a atenção da grande mídia nos últimos dias...




No local encontravam-se representantes da Ação Local Roosevelt (um dos núcleos do Movimento Viva o Centro), Confederação Brasileira de Skate e representantes do Poder Público, assim como a imprensa.

Vistoria: Acompanhados do Subprefeito, os moradores puderam mostrar os danos causados pelo prática do skate sem as regras definidas em conjunto, causando deterioração dos bancos e outras instalações.


Vistoria feita pelas autoridades e moradores


Subprefeito e moradores




Skatistas

Segundo alguns skatistas, que preferiram não se identificar, existe um grande preconceito por parte dos moradores e da polícia de modo geral pelo esporte. Indagados sobre a prática do skate no Brasil:

“Não existe o bom senso, é mais uma questão de preconceito”

“O Brasil ainda não está preparado para o skate”

Perguntados se o bom-senso deveria ser uma via de mão dupla, ou seja, se assim como eles cobram o direito de praticar o esporte, os moradores também não teriam o direito de passear pelo local de forma tranquila, eles responderam:

“A prefeitura construiu até faixas para cegos apenas para não andarmos de skate!”






Poder Público

Segundo o Inspetor da Guarda Civil Metropolitana, Sr. Ademilson, existe uma falta de entendimento por parte dos skatistas sobre a necessidade de respeito mútuo entre os usuários do local.

Confraria de Notícias – Os skatistas reclamaram que existe um limite de horário para a prática do esporte, o que não ocorre com os praticantes de ciclismo e patinação, por exemplo. Por que?

Inspetor Ademilson: Pela própria natureza do equipamento, as bicicletas e os patins não incomodam os moradores, daí esta restrição.

CN – A filmagem mostra o momento em que o policial aparece utilizando uma técnica de imobilização chamada Mata-leão, entretanto não aparece o que ocorreu antes, gerando essa ação. O senhor poderia nos falar a respeito?

IA – Existe uma orientação para quê os skatistas utilizem a praça do trecho próximo à Rua da Consolação, evitando os saltar sobre bancos e corrimãos, o que desagrada muitos deles. Durante uma dessas orientações criou-se o tumulto. No caso do mata-leão, não existe nada demais, justamente por se tratar de uma técnica de imobilização. O que pode trazer uma certa inquietação é a desproporção física entre o policial e o manifestante, o que definitivamente não implica na utilização ou não da técnica. Quanto ao restante da filmagem, a corregedoria avaliará se a verbalização foi apropriada ou não.


Idosos dividem o mesmo espaço com os skatistas


Reunião com representantes das associações


Edson Scander: Confederação Brasileira de Skate
"Temos mais de 22 mil associados só no entorno da praça. Não posso falar pelos não associados"

Inspetor Ferreira e Inspetora Lindamir


Coletiva de imprensa




CD Augusto e Inspetora Lindamir


Inspetora Lindamir e representantes da associação de moradores


Presença do Sindguardas


Texto: Dennis Guerra e Adriano Duarte
Fotos / filmagem: Dennis Guerra


Publicações sobre o assunto

SAIBA MAIS SOBRE A FAMOSA PRAÇA ROOSEVELT-EM SP,OS ANTIGOS PROBLEMAS ENVOVENDO MORADORES E SKATISTAS E A ARDUA MISSÃO DOS GUARDAS,PARA MANTER A ORDEM NAQUELE ESPAÇO PÚBLICO.

Os moradores, reclamam que eles,os skatistas,oferecem perigo quando passam em alta velocidade entre as pessoas, oferecendo riscos de colisões, e que o barulho é alto e constante até o meio da madrugada, o que atrapalha o sono dos habitantes da região.

Os skatistas ,por sua vez ,argumentam que o chão da praça, feito de concreto acabado, é o ideal para a prática do esporte e que mesmo bem antes da reforma, nas épocas em que o local estava abandonado, eles já andavam por ali. Portanto seria injusto tirá-los justo agora que ela foi reformada.

Um dia após ser reinaugurada,no dia 29 de setembro de 2012, a Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, amanheceu no Domingo , 30, com pichações, sobretudo na rampa próxima dos quiosques de floricultura.

Alguns visitantes que foram ao local no primeiro domingo após a reforma de dois anos também reclamaram de falta de segurança – bases policiais e câmeras estão em fase de instalação. A Prefeitura removeu a sujeira e ressaltou que garante a segurança na área.

Mesmo com a presença da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que tem uma guarita na praça, usuários mostraram preocupação com o vandalismo e o uso inadequado da área. "Se não tiver vigilância, não sei se (a nova Roosevelt) dura", diz a professora Margarida Pereira. O projeto da nova Praça Roosevelt inclui uma base da Polícia Militar, no acesso pela Rua Augusta. A inauguração está prevista apenas para dezembro. Por enquanto, o principal controle de acesso e trânsito na área fica a cargo da GCM

A Guarda não possui câmeras de vigilância instaladas no entorno – encontram-se atualmente em estudo de instalação –, o que impede também a identificação dos pichadores. As únicas câmeras disponíveis na região estão nos arredores e pertencem à PM.

Os skatistas

Estrutura. "Os skatistas estão passando muito perto das pessoas e caindo em cima das plantas. Estava ao lado de uma senhora que quase foi atingida e disse que ia embora, com medo", disse o presidente da Ação Local da Praça Roosevelt, João Carlos Santos, que deverá integrar o conselho gestor local.

Ele também reclamou da presença de cachorros soltos pelo espaço reservado, chamado de "cachorródromo", bem como do barulho provocado pelo uso de skates durante toda a madrugada do sábado para o domingo. "Ninguém conseguiu dormir. Um GCM falou que não podia fazer nada."

Frequentadores também relataram que não havia restrição ao uso de bicicletas. "Vamos pedir à Subprefeitura da Sé maior controle, para não ficar nessa desordem. Caso contrário, a praça vai ficar detonada como outras e vai ser dinheiro público jogado no lixo", afirmou Santos.

Outros visitantes se queixaram da estrutura da nova praça. "Não há bebedouros. Ninguém se preocupou em fazer quadras e há poucos brinquedos", disse a auxiliar administrativa Luciana Lopes. Por enquanto, o novo cartão-postal paulistano trouxe mais pessoas ao centro, só que ainda não favoreceu os comerciantes locais – não houve faturamento maior no domingo.

Contraponto.

No entanto, antigos frequentadores da praça elogiaram a reforma e veem avanços na segurança. É o caso de Ivam Cabral, um dos fundadores do grupo teatral Os Satyros, com sede na área. Ele diz que a presença de policiais e da GCM deixou o espaço mais seguro. "Nós estamos muito felizes. A reforma foi uma grande conquista. Se aconteceu algum problema, como a pichação, foi ocasional. Acho triste. Mas não é necessária nenhuma histeria."

Na ocasião o prefeito Gilberto Kassab já havia afirmado que não existia a preocupação de que o espaço, antigo reduto de moradores de rua e usuários de drogas, fosse ocupado novamente. "A Praça Roosevelt está confortável e segura e é um grande presente para a cidade de São Paulo."

Limpeza.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana, pasta responsável pela Guarda Civil Metropolitana, afirmou, em nota, que a pichação foi removida. Também não foram registradas ocorrências graves no fim de semana. Sobre os frequentadores da praça que andam de bicicleta e skate, a GCM afirma que vai orientá-los para que utilizem o espaço com segurança.

Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,praca-roosevelt-amanhece-pichada-,938172,0.htm /COLABOROU THIAGO MATTOS, ESPECIAL PARA O ESTADO

NEGOCIAÇÃO.

Skatistas e moradores negociam convivência na Praça Roosevelt

Após brigas pelo espaço, praticantes do esporte e moradores da região conversam para chegar a um acordo - Cora Rodrigues

O chão é perfeito para o skate, que tenta dividir o espaço com os passantes. Em uma reunião realizada recentemente, skatistas frequentadores da Praça Roosevelt e moradores da região tentaram chegar a um acordo sobre a convivência no “novo” espaço . Entre os pontos levantados estão um limite de horário para a prática do skate, que ficaria proibido depois das 22h, e uma área da praça reservada para o esporte, localizada próxima à Rua da Consolação.

A intenção é levar para a Prefeitura de São Paulo um plano de ação que regulamente o uso da praça pelos amantes das rodinhas. A coordenação das Subprefeituras, até o momento, apenas garantiu que participará dos encontros entre moradores, a fim de “harmonizar a convivência” do local.

Querela

Depois de dois anos de reforma, a Praça Roosevelt, no Centro, foi reinaugurada no dia 29 de setembro. Com menos de um mês de existência, contudo, uma grande polêmica já envolveu moradores e frequentadores do local: a disputa de espaço entre transeuntes e skatistas.

Cora Rodrigues

Os bancos e corrimões viram “obstáculos”, o que aumenta o barulho

Devido à melhor iluminação e aos novos espaços para descanso e passeio, um grande número de pessoas começou a ficar na Roosevelt até as horas mais avançadas da noite. A maioria joga bola, anda de bicicleta, skate e passeia sozinho ou com animais. Mas a livre convivência gera alguns problemas.

Os skatistas argumentam que o chão da praça, feito de concreto acabado, é o ideal para a prática do esporte e que mesmo bem antes da reforma, nas épocas em que o local estava abandonado, eles já andavam por ali. Portanto seria injusto tirá-los justo agora que ela foi reformada.

Os moradores, do outro lado, reclamam que eles oferecem perigo quando passam em alta velocidade entre as pessoas, oferecendo riscos de colisões, e que o barulho é alto e constante até o meio da madrugada, o que atrapalha o sono dos habitantes da região.

Algumas das conversas abordam uma possível regulamentação do skate na praça
Fonte: http://www.facebook.com/guardasmunicipaisbrasil/posts/4228170867988

A reprodução é permitida desde que seja feita na sua íntegra e citada a fonte original 

Fonte: Confraria de Notícias

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